quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Letras de Música

Vênus da Estrada

Quem me dera, quem me dera
Ser o resto de uma fera
Pra poder te devorar
Fazer as curvas no destino
Criar um céu pro sol a pino
E em meus braços te alcançar
Fortaleza de um menino

Quem me dera, quem me dera
Ser o elo de uma era
Pra poder te conquistar
Viver a guerra e o armistício
Sendo sóbrio no teu vício
Me prender me abandonar
Nessa luz do teu ofício

Como raposa em sua astúcia
Enfrento a Prússia de um escuro mar
Cavo com as mãos a minha mina
Na luz de lamparina de um luar
Há sempre uma erva daninha
Pra quem deixou de sonhar
Asas que se podam não podem voar

Quem me dera, quem me dera
Ser a voz que prolifera
Das fronteiras do desejo
Ando louco por teu beijo
Ando louco por provar
Fruta viva, fruta ardente
Tentação de anjo cadente

Quem me dera, quem me dera
Ser o aço de uma esfera
Um iceberg derretido nos pólos de coração
Bordar os passos na calçada,
Com os Vênus dessa estrada
Brilho de constelação

Como raposa em sua astúcia
Enfrento a Prússia de um escuro mar
Cavo com as mãos a minha mina
Na luz de lamparina de um luar
Há sempre uma erva daninha
Pra quem deixou de sonhar
Asas que se podam não podem voar

domingo, 30 de novembro de 2008

Sob as águas

Infelizmente não tivemos como registrar aqui neste blog comemorações pelo aniversário de Carlinhos, no dia 17 de novembro nem relembrar sua perda, que completa aniversário a cada 18 de novembro. Sua terra natal sofre com uma catástrofe, uma enchente impiedosa…

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Itajaí

Nas comemorações dos 148 anos Itajaí é tua ausência o que mais faz falta. Impossível lembrar da cidade, sem mencionar a tua história. Mais um inverno, mas o calor da tua obra reluz em todos os corações.

"… que o azul do céu 
e o sol se encarregam de azular…"

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Empty Sunday

“A história da música Empty Sunday se resume assim: na época em que morei nos EUA, quase todos os dias passava por mim um rapaz e me cumprimentava. Foi assim por alguns meses, até que o camarada desapareceu. Muito tempo depois, num domingo, eu saía de um supermercado com a Aninha, já colocava as compras no carro quando um sujeito se aproximou. Ele me chamou a atenção por que estava todo maltrapilho, cheirando mal. Veio pedir dinheiro. Pude reconhecer perfeitamente, ele era o camarada que sempre me dizia oi. Cheguei em casa com aquele sentimento de vazio, não conseguia parar de pensar. Há pouco tempo, a gente era jovem, estava inteiro e agora assim, acabado. Peguei o violão e começaram a sair as notas tristes da canção...”

depoimento de Carlinhos Niehues durante show Antigo Lugar, em 1993, na Univali, Itajaí, SC.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

O antigo lugar de Carlinhos Niehues

primeira parte do livro-reportagem "O Antigo Lugar de Carlinhos Niehues", meu TCC.


Ares de Verão

Tudo começou com "Ares de Verão", com uma apresentação no parque da Marejada, Em Itajaí. Era o lançamento do CD Itajaí em Canto, que reuniu os principais corais da cidade.

O Coral da Univali entrou no palco e uma solista entoou a doce melodia de Ares de Verão.

Um arrepio de alegria percorreu meu corpo naquele momento. Que música é essa? Quem a fez?

Quem é Carlinhos Niehues. Num instante, um amigo me trouxe Diamante. Uma obra única e iluminada, que me instigou ainda mais a curiosidade sobre aquele artista.

Mas onde encontrar informações sobre ele? Não havia nada. Nem na internet, nem em lugar nenhum.

Era o ano de 1998. No ano seguinte eu começaria a tão sonhada faculdade de jornalismo.

Em 2002, dois anos antes de me formar, decidi que iria escrever a biografia de Carlinhos Niehues, como trabalho de conclusão.

Galeria do Niehues

Los Angeles, pôr-do-sol em outro lugar…


Maravilha, juventude… a estrela já brilha


Amigos, cunhados, irmãos: Niehues e Arnou de Melo


Dueto com Carlos Cória


Show Antigo Lugar, no anfiteatro da Univali, Itajaí



contra-capa do disco Antigo Lugar

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Um grande músico

Este blog é dedicado à vida e à obra de Carlinhos Niehues. Grande músico itajaiense, morto em um trágico acidente de carro, em 18 de Novembro de 1994.